Fotogrametria ou Laser Scanner: qual usar?

Dependendo do projeto, o profissional da topografia deve se ater ao método de criação de modelo digital de terrenos. Afinal, seja ele com Laser Scanner ou fotogrametria, o objetivo é imprimir no modelo digital uma realidade satisfatória de dados.

Sendo assim, se você já se perguntou, qual método gera mais dados e é o mais indicado, esse texto é para você. Mas, antes de continuar, é preciso que você tenha em mente os pontos que vamos abordar:

  1. Diferenças entre MDS e MDT;
  2. Laser Scanner e seu funcionamento;
  3. Como os modelos digitais se comportam na prática.

Vamos lá?

Modelo digital de terreno (MDS) e Modelo digital de superfície (MDT).

Primeiramente precisamos entender um pouco, como funciona cada uma das tecnologias para determinação dos modelos de superfícies (MDS) ou terrenos (MDT).

Modelo digital de superfície (Fotogrametria).

Com a fotogrametria, sensor passivo, as imagens obtidas são sempre de objetos que estão sobre a superfície terrestre. Ou seja, áreas com cobertura vegetal representam-se nas imagens apenas pelas copas das árvores.

Desse modo, quando precisamos gerar um modelo com esta tecnologia, ele representa uma superfície, definida pela cota do topo das árvores e não a cota do terreno.

Veja o exemplo na imagem abaixo:

Modelo Digital de Terreno (Laser Scanner).

Já com o uso do laser scanner em drones, os pulsos de laser emitidos, refletem o solo e os objetos acima dele: vegetação, edifícios, pontes, etc. Os pulsos de laser emitidos retornam ao sensor uma ou mais vezes.

Sendo assim, qualquer pulso de laser emitido que encontre várias superfícies refletoras enquanto viaja em direção ao solo é dividido. Essa divisão ocorre em tantos retornos quantas forem as superfícies refletoras e a capacidade do Laser Scanner de detectar estes retornos.

Saiba mais: MDT e MDS: você sabe a diferença?

Usar o Laser Scanner te dá mais informações que fotogrametria.

Para entender como isso ocorre e como o laser scanner funciona, é bem simples. Imagine que cada pulso é uma busca por informações.

O primeiro pulso de laser que retorna é o retorno mais significativo e é associado às características mais altas da paisagem, como as copas das árvores. Da mesma forma, o primeiro retorno também pode representar o solo, caso em que o sistema detectará apenas um retorno. Já o último retorno nem sempre será de um retorno no terreno.

Retornos múltiplos = mais informações

Por exemplo, considere um caso em que um pulso atinge um galho de árvore a caminho do solo e o pulso não chega a atingir o solo. Neste caso, o último retorno não representa o terreno, mas do galho que o refletiu.

Retornos múltiplos permitem a detecção da altura de vários objetos. Sendo assim, os retornos intermediários são ideais ​​para estruturas e vegetação, e os últimos retornos utilizados ​​para modelos de terrenos.

Veja o exemplo na imagem abaixo:

Portanto, a grande vantagem do uso do laser scanner em drones é que, mesmo que haja cobertura vegetal nas áreas a serem mapeadas, conseguiremos representar o terreno abaixo desta cobertura, uma vez que sempre teremos parte dos últimos retornos, representando o terreno.

Por fim, a utilização de Laser Scanner proporciona uma maior coleta de dados e uma riqueza de detalhes. Algo que, dependendo do projeto, é um acelerador! Trazendo agilidade e confiança para os dados coletados.

Conheça mais sobre essa tecnologia em um artigo completo dedicado. Boa leitura!

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      1 comentário em “Fotogrametria ou Laser Scanner: qual usar?”

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