RBMC – Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo: conheça agora

Você que é estudante ou profissional da área da agrimensura talvez já se deparou com a sigla RBMC. Você sabe o que é, como funciona ou possui dúvidas sobre o assunto? Se é esse o seu caso continue a leitura deste artigo que vamos te explicar!

O que é RBMC? 

A RBMC – Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo é uma estrutura geodésica utilizada por topógrafos e engenheiros em trabalhos de georreferenciamento, infraestrutura e mapeamento. Sendo um conjunto de estações geodésicas, equipadas com receptores GNSS (Global Navigation Satellite Systems) de alto desempenho, que proporcionam observações para a determinação de coordenadas.

As coordenadas são precisamente calculadas e monitoradas através do processamento dos seus dados, utilizando o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas –SIRGAS2000.

Portanto, as estações da RBMC utilizam-se como referência materializadas.

A maioria dos receptores da rede possui a capacidade de rastrear satélites. Esses receptores coletam e armazenam continuamente as observações do código e da fase das ondas portadoras transmitidos pelos satélites das constelações. Portanto, cada estação possui um receptor e antena geodésica, conexão de internet e fornecimento constante de energia elétrica que possibilita a operação contínua da estação.

Outrora, a implementação e manutenção da RBMC conta com o apoio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além de parcerias com empresas, prefeituras, instituições de ensino.

Como a RBMC facilita o usuário?

As estações da RBMC desempenham o papel do ponto de coordenadas conhecidas pertencentes ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Dessa forma, eliminando a necessidade de que o usuário imobilize um receptor em um ponto que, muitas vezes, oferece grandes dificuldades de acesso. Além disso, os receptores que equipam as estações da RBMC são de alto desempenho, proporcionando observações de grande qualidade e confiabilidade.

Também conseguimos utilizar as estações RBMC para posicionamento em tempo real, fazendo o uso da técnica RTK no modo NTRIP nos seus levantamentos. Nesses casos, os dados ficam disponibilizados via protocolo Internet. O NTRIP foi projetado para disseminar correção de dados diferencial ou outros tipos de dados GNSS para usuário. Sejam eles móveis ou estacionários, pela Internet, permitindo conexões simultâneas de computadores, Laptops que possuem acesso à Internet.

Análise de Dados

O Centro de Controle da RBMC disponibiliza gráficos com indicadores da qualidade dos dados das observações. Os gráficos gerados, mostram, por exemplo o número de observações por dia.

RBMC Atual

Segundo o IBGE, a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS (RBMC), conta com estações espalhadas por todo o território nacional. Sendo uma em cada capital, há, pelo menos, uma estação com dados sendo disponibilizados em tempo real e para pós-processamento.

Ademais, a estrutura da RBMC conta com o apoio de instituições governamentais e instituições de ensino, que disponibilizam infraestrutura para operação das estações. Sendo assim, com esta configuração, a RBMC contribui de forma mais efetiva nos estudos climáticos nacionais e globais, georreferenciamento de imóveis rurais, geração e transmissão de energia, controle de frota viário, aéreo e marítimo, entre outros.

 Precauções

Entretanto, durante os serviços em campo podem ocorrer perdas de dados devido a problemas de conexão de internet e de falta de energia. Por isso, indica-se verificar a situação da estação utilizada antes de realizar o seu serviço de campo. Através do site do IBGE é possível realizar essa consulta.

É relevante conhecer o local previamente. Pois, o mesmo deve atender a algumas características. Como, por exemplo, possuir horizonte livre de obstáculos, evitar locais próximos a fontes de ondas de rádio ou outras fontes de sinais eletromagnéticos.

Ademais, o local ideal não deve ter vibração excessiva e se for utilizado o modo NTRIP, atentar para a distância máxima de trabalho.

Por fim, o artigo ajudou a esclarecer suas dúvidas? Fique ligado no blog da CPE que sempre trazemos assuntos relevantes para a área da agrimensura.

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