O uso de sensores LiDAR em levantamentos topográficos trouxe uma revolução no mapeamento de áreas densamente florestadas ou de difícil acesso. No entanto, a densidade da vegetação representa um desafio para a coleta de dados precisos, especialmente quando o objetivo é mapear o solo abaixo das árvores.
Como o LiDAR Interage com a Densidade da Vegetação?
O LiDAR emite pulsos de laser que atingem objetos no ambiente e retornam ao sensor, medindo a distância percorrida. Em áreas com vegetação densa, parte desses pulsos é bloqueada ou refletida pela copa das árvores, enquanto outra parte penetra até o solo. Isso permite criar modelos 3D tanto da vegetação quanto do terreno.
Impactos da Vegetação Densa
- Redução da Densidade de Pontos no Solo: Em florestas tropicais, é comum que a maioria dos pulsos seja refletida pela copa das árvores, reduzindo os dados disponíveis para mapear o terreno.
- Maior Tempo de Processamento: Filtrar os dados para separar vegetação e solo exige processamento adicional.
- Possíveis Erros em Áreas Muito Densas: Em situações extremas, o solo pode não ser devidamente captado.
Soluções
- Ajustes no Sensor: Aumentar a frequência dos pulsos pode melhorar a cobertura do terreno.
- Integração de Tecnologias: Usar LiDAR em conjunto com câmeras multiespectrais ou drones pode complementar os dados e melhorar a precisão.
- Processamento Avançado: Softwares específicos conseguem identificar padrões nos dados e reconstruir modelos precisos do terreno.
Aplicações Práticas
O levantamento LiDAR é amplamente utilizado em estudos ambientais, monitoramento de encostas e até em arqueologia, onde permite descobrir estruturas escondidas sob a vegetação.